De repente tudo muda e troca de lugar. Mas, ao contrário da letra do novo hit do NX Zero, a banda deixou a Maré os levar.
Juntos há 11 anos, os cantores têm motivos de sobra para comemorar o lançamento do CD Em Comum.
Felizes e orgulhosos com o resultado do novo trabalho, os integrantes do
NX Zero conversaram com o R7 sobre o quarto disco da carreira, que
chegou às lojas neste mês.
O vocalista Di Ferrero conta que sentiu algo diferente aflorar
enquanto escrevia as novas composições do álbum, que é marcado por
influências da música brasileira.
É o começo de algo novo e é legal a música poder acompanhar essa nova fase com a gente!
Caco, Gee, Dani Weskler e Fi Duarte também se mostram seguros e
orgulhosos da própria trajetória de sucesso, que eles trilharam em
passos firmes e decididos. Em Comum é, sem dúvidas, o disco mais
intimista e pessoal da história do NX Zero. O CD, que marca uma nova
fase da banda, atraiu um público mais velho.
Na entrevista a seguir, os músicos comentam essas mudanças e contam
detalhes sobre o novo trabalho, que mostra que o grupo realmente veio
pra ficar entre os grandes. Confira!
R7: O lançamento de Em Comum trouxe à tona o amadurecimento do NX
Zero e acabou trazendo um público mais velho, que passou a admirar e
reconhecer o trabalho da banda. Vocês sentem que essa transição
aconteceu de forma natural?
Di Ferrero: A gente sente que esse amadurecimento aconteceu de um
jeito normal. Afinal, a gente cresceu também. Não dá pra negar isso!
Passamos por várias coisas. Não temos mais vinte anos como antes. Isso
acaba aflorando nas músicas e na bagagem que acumulamos.
Dani Wesksler: Já são três anos desde o último disco de inéditas. Foi tempo suficiente pra mudar muita coisa…
Gee: Achamos legal o público mais velho passar a curtir nosso
trabalho. Já ouvimos bastante elogios com Maré e até a música Cedo Ou
Tarde, que já é velha, acabou caindo no gosto dos fãs que não são tão
jovens assim.
Dani Weksler: Antes a galera ficava muito presa e limitada, mas
provamos que não somos só uma “banda de moleque”. Acho que o tempo
passou e todo mundo foi se dando conta de que as coisas não são bem
assim. Elas se permitiram parar e ouvir as nossas músicas!
R7: Na opinião de vocês, nesses dez anos de carreira, o que mais mudou na história da banda?
Dani Weksler: O que mais mudou nesses dez anos de estrada foi a
bagagem. Como pessoas, nós continuamos os mesmos. A gente continua se
respeitando e passou a acumular uma bagagem musical muito maior.
Gee: O que é mais legal também é que vivemos as fases do NX de acordo com as nossas idades.
Di Ferrero: Outra coisa que mudou bastante foi a estrutura.
Antes, era zero! [risos] Agora, temos equipe, assessoria de imprensa,
uma galera que é essencial pra nós. E a gente também não para de fazer
as coisas, somos independentes, não conseguimos deixar todo mundo fazer
tudo por nós.
R7: Quais são as músicas que vocês mais gostam do novo álbum?
Caco: Música é que nem filho, você não tem um preferido! [risos]
Gee: Eu não ia falar, mas a minha favorita é Maré…
Di Ferrero: Difícil escolher, mas acho que Ligação também é outra canção que a gente notou que todo mundo está curtindo bastante.
Dani Weksler: Eu gosto de Espere Um Sinal.
R7: Quais foram as maiores inspirações pra compor as músicas de Em Comum? Como surgiu esse novo CD?
Di Ferrero: Esse disco foi diferente de todos os outros. Nós
inventamos coisas e situações. Antes, na hora de escrever uma letra, a
gente tinha que buscar algo dentro de nós. Conversávamos muito e de
algumas vivências nossas a gente tirava as composições. Dessa vez,
criamos coisas! Esse CD teve um desprendimento total, conseguimos falar
sobre outros assuntos que a gente ainda nem tinha abordado em outros
trabalhos.
Dani Weksler: Foi bem ao estilo Chico Buarque!
Gee Rocha: Concordo com o Dani. Também acho que tem muita coisa
relacionada à vida dele [do Chico Buarque]. Acho que esse CD foi mais
interior, algo mais intimista e pessoal…
Di Ferrero: Na realidade, o álbum aconteceu de uma forma muito
louca. A gente tinha acabado de lançar o DVD comemorativo de 10 anos.
Aí, no estúdio, a gente passou a ouvir muito John Mayer, Ben Harper,
Norah Jones, John Legend. Também ouvimos muita música brasileira dos
anos 80. Coisas que a gente precisava conhecer melhor, pois não eram da
nossa época.
Dani Weksler: Escutamos desde Capital Inicial até Legião Urbana e Ultraje a Rigor… Biblioteca básica! [risos]
R7: Com a agenda lotada, como fica a vida pessoal? O que vocês mais
sentem falta de fazer, que hoje já não conseguem mais por conta da turnê
de shows?
Dani Wesksler: Dormir! [risos] Na realidade, são fases, né? Por
exemplo, quando você está gravando o disco, por mais que tente sair com
os amigos, a cabeça fica 100% naquilo. É muita correria!
Caco: A gente não consegue em nenhum momento se desligar do trabalho, é complicado.
Di Ferrero: Mas acho que melhoramos bastante nesse sentido. Antes
era uma ansiedade só! Principalmente quando a gente ia participar de
algum programa na televisão. Eu mal conseguia respirar direito… [risos]
Dani Weksler: Isso que o Di falou é verdade. O nervosismo mexia
com o nosso psicológico! Às vezes, até rolava um stress entre todos nós,
discutíamos por alguma coisa que um não concordava com o outro. O que é
normal. Mas, com o tempo, aprendemos: a gente sabe dividir trabalho e
amizade.
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